Vocês ouviram o que foi dito: 'Ame o
seu próximo e odeie o seu inimigo'. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e
orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu
Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e
derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que
recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso! E se saudarem apenas
os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!
Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês. (Mateus
5.43-48 – NVI)
Tenham o cuidado de não praticar suas
'obras de justiça' diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem
isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial. Portanto, quando
você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que
eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você der esmola, que a sua
mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a
sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o
recompensará. (Mateus 6.1-4 – NVI)
Algo persegue todo ser humano, o orgulho.
Este está no centro de onde irradiam seus problemas. Está lá como um intruso,
uma criação do pecado original. Ninguém está livre dele, o que diferem alguns homens
de outros é o quanto o orgulho domina e o quanto a ação de poder do Espírito
Santo tem efeito na vida daquele que foi salvo, mas continuamos mesmo assim,
todos iguais. Ninguém é melhor do que ninguém.
Nos textos bíblicos acima temos muitas
lições, entre elas Jesus instrui sobre a questão do orgulho.
Ninguém é melhor do que ninguém. Perante Deus
somos todos iguais. A acepção de pessoas é evidente entre as pessoas deste
mundo, bem como também é evidente que as disputas e problemas relacionais,
sejam entre indivíduos bem como entre nações ou povos, grupos ideológicos e até
entre crenças religiosas divergentes, também tem como causa primária o orgulho.
Triste é imaginar cristãos fazerem acepção de
pessoas. Em minha experiência nesta caminhada com Jesus percebi um perigo muito
grande entre os cristãos, algo que está lá como algo inofensivo e indiferente
diante de Deus, e na verdade não é. É a questão do cristão achar que é melhor
do que outros por conhecer Jesus e se orgulhar disso. O orgulho nunca produzirá
coisas boas, e o fato de conhecer Jesus deve produzir gratidão e não orgulho.
Porque gratidão produz compromisso, produz amor, produz zelo. Orgulho produz
acepção de pessoas e normalmente leva a disputas, leva a indiferença, leva ao
menosprezo.
O cristão não tem do que se orgulhar diante
de ninguém. Cristão não é melhor nem do que o mais vil pecador não arrependido que
exista no mundo. O que difere entre os
dois é que o cristão já foi perdoado, o sangue de Jesus já o lavou de seus
pecados, apenas isto, nada mais do que isto. Deus veio em sua direção e fez
toda a obra necessária, sem nenhum, nenhum mérito do pecador agora arrependido.
Por isso a chamada de atenção de Jesus no
primeiro texto, amar a todos, levar o amor de Deus ao perdido, não odiar, não
fazer acepção, mas amar, orar por eles, afinal somos todos iguais.
No segundo texto a questão do orgulho
continua a ser tratada. Algumas pessoas realmente gostam de serem vistas pelas
boas obras que fazem, isto é orgulho condenável. Necessitam de elogios,
requerem elogios, há uma necessidade de serem vistas. Mas Jesus vai além, o
pecado do orgulho pode ficar dentro do próprio homem, é quando ele faz algo e
se sente orgulhoso por aquilo. Cristão! Nada vem de você mesmo. Se algum valor
há no que faz, o mérito é todo de Jesus, pois é o poder dEle operando em você.
O que o mundo precisa é de cristãos que amem
as pessoas, orem por elas e façam isso por amor e gratidão a Deus. Esta é uma
obra que agrada ao Pai e Ele que está nos céus está vendo, e isto basta. E
também não fazemos esta obra por nós mesmos, mas pelo poder do Espírito Santo
que habita em nós.
Não há nada para nos orgulharmos do que
fazemos ou do que somos, mas há muito para agradecer a Deus e ama-lo acima de
todas as coisas, e este amor a Deus nos constrange a amar ao próximo como Deus
ama.
Deus nos abençoe.
Pr. Edson Brandalize
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