segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ORAR PARA QUÊ?



Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus. – Filipenses 4:6-7
 
Até pouco tempo atrás, eu e minha esposa estávamos orando sobre a possibilidade de nos mudarmos para um outro lugar. Embora na mesma cidade, um bairro bem mais distante do qual moramos, e colocamos nosso desejo diante de Deus através da oração.
Embora com um coração genuinamente desejoso em ouvi-lo, o que fiz foi dizer a Deus as seguintes palavras: “Deus, se for da tua vontade, que seja a casa X”, e ansiosamente aguardei pela resposta, primeiro de Deus e depois dos homens. A de Deus veio através de uma paz ímpar, a dos homens também veio, mas não do jeito que eu esperava.
O que teria acontecido de errado? Eu sabia que era a vontade de Deus nos mudarmos para aquele local, mas não conseguimos a casa que queríamos. Só me restavam duas opções: ou Deus se enganou comigo, ou eu me enganei comigo mesmo. Obviamente, depois de pouco tempo percebi que a segunda opção era na verdade a única opção.
O problema é que muitas vezes enxergamos a oração apenas como meio pelo qual Deus irá demonstrar seu amor, cuidado, atenção, dedicação a nós, enfim, nos abençoar. Dizemos que oramos para que a vontade de Deus seja feita, mas cá entre nós, freqüentemente o que realmente queremos é que a vontade de Deus se adeque à nossa, para que assim todos possam estar felizes.
A oração não muda quase nada em Deus: não muda sua vontade, não muda sua opinião, não muda sua fidelidade, tampouco seu amor. Muda sim, o simples fato de Ele se alegrar ao oramos. Mas se a oração não muda a opinião de Deus, orar para quê?
Oro, porque embora minha oração não mude nada em Deus, muda tudo em mim. Oro, não para mover o coração de Deus que nunca deixou de bater por mim, mas para desacelerar as batidas do meu próprio coração que insistem em pulsar em ritmo frenético. Oro, não para que Deus demonstre Seu favor por mim, mas para ser lembrado do favor na cruz demonstrado. Oro, não para “liberar” as bênçãos de Deus em minha vida, mas para libertar meu coração de toda ansiedade. Oro sim, para Deus, e por mim, para ser diariamente lembrado de quem Ele é e do que Ele faz.
Oro, não para que tudo seja resolvido lá fora, mas para que tudo seja acalmado aqui dentro.

Diego Bitencourt

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