“Certamente Deus é bom para Israel, para os puros de coração. Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei. Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios.” Salmo 73.1-3
“Até que entrei no santuário de Deus, e então compreendi o destino dos ímpios. Certamente os pões em terreno escorregadio e os fazes cair na ruína. Como são destruídos de repente, completamente tomados de pavor!” Salmo 73.17-19
Em 1971 minha
família morava em Laranjeiras do Sul. Nossa casa ficava distante umas cinco
quadras da rua de asfalto mais perto e como era uma rua bastante movimentada,
quando chovia ficava lisa como sabão. Um dia depois de uma chuva muito forte
minha mãe me mandou até a mercearia comprar algumas coisas. E lá fui eu com a
minha bicicleta aro 26 pneu “lingüiça”. Traduzindo para vocês mulheres
significa pneu bem fininho. Na volta com aquele piso “coisa mais linda” aquela
lama fininha, lisa e brilhante, pensei: “o que acontece se eu frear”. Como
sempre fui, não fiquei sem resposta, botei o pé no freio e foi a última coisa
que lembro, pois nem vi como caí. O tombo até que não foi nada, difícil mesmo
foi agüentar a gozação dos mecânicos da oficina que ficava em frente onde caí,
pior, todos conhecidos.
No Salmo 73 o autor diz que seus pés quase tropeçaram, por pouco não
escorregaram, porque teve inveja. A inveja é um “tiro no próprio pé.” Ela faz
mal para quem tem e possui como agravante de que este escorregar significa sair
da segurança da presença de Deus. Amargura, uma espécie prisão em relação aos
outros. Muitas vezes sofrimentos físicos, abatimentos de espírito etc. Tem um
ditado popular que diz que “inveja mata”. Ela pode matar mesmo, aos poucos ela
degenera a visão correta da vida e de Deus. A inveja é algo terrível,
principalmente porque a inveja é o mesmo que dizer para Deus que não tem o
suficiente. Invejar é não estar contente com o que possui. Inveja na Bíblia é
característica dos ímpios, que são aqueles que desprezam a Deus e se acaso não
se renderem a Cristo um dia, perecerão eternamente.
Almejar um trabalho
que lhe dê dignidade, estudar para poder produzir e ganhar mais, usar da
inteligência que o próprio Deus concedeu, fazer o trabalho com zelo deixando a
preguiça de lado – tudo isto com a motivação correta é saudável.
Mas é necessário
contentamento. Contentamento é o reconhecimento de que Deus está no controle de
nossas vidas e o que tenho recebido lhe Ser grato. A ambição egoísta e a inveja
não podem ser motivação para buscar recursos.
Pv 15.16 “É melhor
ter pouco com o temor do SENHOR do que grande riqueza com inquietação.”
1 Timóteo 6.6 “De
fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,”
O salmista percebeu quando “entrou no Santuário”, viu a vida como Deus vê,
esteve com Deus e foi orientado por Ele, ele percebeu que a vida sem Deus e a
busca desenfreada por ter coisas sem Deus no “negócio” é uma pista
escorregadia, diferente um pouco da rua em que caí. Porque eu arrisquei e
poderia não ter freado e muito bem (limpo) ter chego em casa e ainda não ter
passado vergonha. Já o ímpio que busca “ter” e ter cada vez mais por pura
ambição egoísta - não terá outro caminho a não ser a queda, a queda é certa.
Sua queda será terrível como o próprio Salmo descreve.
Nossa segurança está
em Jesus. Vamos continuar trabalhando com afinco em casa, no trabalho fora,
vamos estudar mais se for preciso, vamos cuidar para não nos acomodar e perder
oportunidades que o próprio Deus pode estar disponibilizando. Para segurança e
discernimento com tudo isto é preciso intimidade com o Senhor Jesus que se dará
pela oração e meditação na sua Palavra.
Hebreus 13.5
“Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm,
porque Deus mesmo disse:” Nunca o deixarei, nunca o abandonarei ““.
Pr Edson Luis
Brandalize