sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Oração ou Falação?



Lucas 18:9-14
9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;
12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. 

Antes de nos aprofundar neste texto, é importante sabermos que fariseu era o estudioso da palavra de Deus, e esta palavra significa: “separados”, “a verdadeira comunidade de Israel”, “Santos”, enquanto publicano era o nome dado a pessoa que cobrava o imposto para o império e eram considerados pelos fariseus como ladrões e inferiores. Esta parábola tinha como público alvo as pessoas que se identificariam com o fariseu.
Enciclopédia
A oração, na crença Cristã é a comunicação com Deus durante a qual a pessoa louva, agradece e/ou pede bênçãos.
- Temos então que a oração deve ser uma comunicação com Deus.
Mas no versículo 11 Jesus disse que o fariseu orava de si para si mesmo, ou seja, não era com Deus que ele estava falando, mas com o seu próprio ego e assim se considerava justo perante os demais. E é claro que com tal atitude ele não poderia ser justificado, pois nem compreendia que ele tinha necessidade disto.
- Em segundo lugar, a oração deve conter o que realmente entendemos que necessitamos.
Enquanto o publicano fez uma curta petição (Ó Deus, sê propicio a mim, pecador), que atendia sua real necessidade que era confirmada através da sua atitude de humildade (não ousava nem ainda levantar os olhos aos céus), o fariseu apenas contava vantagens, naquela falação não havia nem um pedido de algo que ele necessitasse e nem um louvor a Deus por quem Deus era, mas apenas um falso louvor por quem o fariseu era.
Tem uma pequena história que conta...



PAI-NOSSO
- "Pai-Nosso que estais nos céus..."
- Pois, não?
- Psssiu, por favor, não me interrompa, estou rezando!
- Mas, você me chamou!
- Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou apenas rezando.
  "Pai-Nosso que estais nos céus..."
- Aí, você me chamou de novo.
- Fiz o quê?
- Você me chamou de novo! Eu escutei. Você disse: "Pai nosso que estais no céu". Sou Eu!
- Desculpe-me, não quis incomodá-lo. Estava apenas rezando. Faço isso todos os dias. Sinto-me bem fazendo isso. Não me leve a mal, mas gostaria de terminar minhas preces sem ser interrompido novamente. Ok?
- Ok! Sem problemas.
- "Pai-Nosso que estás nos céus,
   santificado seja o vosso nome;
   venha a nós o vosso reino,
   seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu;
   o pão nosso de cada dia nos dá hoje;
   e perdoa-nos as nossas ofensas,
   assim como nós também temos perdoado a quem nos tem ofendido;
   e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal. Amém."
- Bonito!
- Gostou, mesmo?
- Sim, é claro. Foi meu Filho quem ensinou estas palavras aos seus discípulos. Mas, você já pensou o que estas frases significam?
- Pra ser sincero, não. É apenas uma reza.
- Não é apenas uma reza. Estas palavras podem lhe ensinar o caminho da vida eterna. Por exemplo, quando você diz "Pai nosso", significa que existe aí, na face da Terra, uma família de Deus. Entendeu?
- Sim, entendi.
- Entendeu a frase ou as implicações dela? O "pão nosso", por exemplo, significa que o pão não é exclusividade de ninguém. Quem tem deve repartir com quem não tem.
- Olhe, tudo isso é muito interessante, mas, estou com um pouco de pressa agora. Quem sabe numa outra hora? Preciso terminar minhas orações. Eu sempre rezo duas vezes. Com licença. "Pai-Nosso que estais nos céus..."
        

Ou seja, na “oração” desta pessoa, assim como a do Fariseu, não havia uma comunicação com Deus e muito menos um compreensão do que estava sendo pedido, mas apenas falação e nada de oração.
Em Mateus 6:7 está escrito
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.
Enfim, trazendo isto para nossas vidas, podemos verificar com qual dos dois temos parecido. Será que assim como o fariseu, temos nos achados justos perante os demais: mais preocupados em ver o tombo dos outros e nos vangloriar por não cair naquele mesmo buraco, ou temos parecido com o publicano que se humilhava ao reconhecer as suas próprias falhas e que necessitava do perdão de Deus? Talvez existam horas que necessitamos falar menos e orar mais.
E que possamos praticar a humildade trazendo a mente o último versículo do texto estudado:

14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.

Que Deus abençoe os Irmãos, e que se lembrem de colocar em prática os ensinamentos que Jesus nos ensinou na parábola citada.


Por: Marcos Vinicius Vicente. 



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